sábado, 23 de outubro de 2010

Quem é você?

É interessante como a maioria das pessoas se concentra excessivamente em suas imagens e esquecem de ser elas mesmas diante dos outros. Acredito que nem todos agem assim conscientemente, mas creio que todos possuem a carência da admiração alheia. E diante desta necessidade, muitos agem como crêem que outras pessoas gostariam que agissem.
Parece que hoje a identidade é apenas um dado que torna você mais uma unidade num conjunto composto por apenas um tipo de elementos. Como um giz numa caixa de giz. E, na busca por admiração, o vazio da alma cresce ainda mais, afinal, aquele que não expressa a individualidade de seu próprio ser não é feliz. Principalmente sabendo que, quando adquire reconhecimento, as pessoas gostam da imagem que ele projetou, e não de quem realmente é.
E o vazio continua crescendo. E as pessoas continuam procurando algo que preencha o vazio. Neste ponto as pessoas podem fazer de tudo para serem aceitas num grupo: usam drogas, passam o dia inteiro fazendo compras, vêem TV todo o tempo, trabalham até tarde, fazem qualquer coisa para fechar um negócio, são capazes de tudo por uma promoção e perdem a capacidade de confiar no outro, de mostrar-se de forma autêntica, de dizer "não" quando não querem e "sim" quando querem.
Conheço uma frase de Mark Twain que gosto muito: 
    
"Sê descuidado no traje, se quiseres, mas conserva limpa a alma."
                                         (Mark Twain) 

Eis aí um problema! Na sua opinião qual seria a solução?
 

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